ÚLTIMO SUSPIRO
Gastei o tempo
com pressurosidades
não percebi os laivos
que a felicidade
teimava em me mostrar.
O pétreo coração
tornou obsoleto
o irromper da flor
e a lágrima
de amor.
Amealhei!
Putrefiz-me com o dinheiro!
Julguei-me proprietário
de todos
do todo
de tudo!
Mas o tempo
rasgou-me a prepotência
e com austeridade
ensinou-me que o dinheiro
não compra a eternidade.
Hoje
a corrosão
que a enfermidade me provoca
enfoca
a minha estupidez.
Tardiamente
espio o céu pela janela
e compreendo:
a vida é bela
para quem a vive intensamente.
Discernimento tardio, porém em tempo!
ResponderExcluirMas o legado é fantástico!
Belo seu ÚLTIMO SUSPIRO...deixa
pegadas de ouro!