terça-feira, 21 de julho de 2009

ÚLTIMO SUSPIRO

Gastei o tempo
com pressurosidades
não percebi os laivos
que a felicidade
teimava em me mostrar.

O pétreo coração
tornou obsoleto
o irromper da flor
e a lágrima
de amor.

Amealhei!
Putrefiz-me com o dinheiro!
Julguei-me proprietário
de todos
do todo
de tudo!

Mas o tempo
rasgou-me a prepotência
e com austeridade
ensinou-me que o dinheiro
não compra a eternidade.

Hoje
a corrosão
que a enfermidade me provoca
enfoca
a minha estupidez.

Tardiamente
espio o céu pela janela
e compreendo:
a vida é bela
para quem a vive intensamente.

Um comentário:

  1. Discernimento tardio, porém em tempo!
    Mas o legado é fantástico!
    Belo seu ÚLTIMO SUSPIRO...deixa
    pegadas de ouro!

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