OLHOS DO CORAÇÃO
Todos os dias, nas manhãs, eu via
velha mansarda e, cândida à janela,
uma menina, olhos azuis, tão bela
que, até com minha sisudez, sorria.
Eu meditava: “Que mistério havia
naquele olhar daquela alma singela?
Pois quanto mais eu me afastava dela
meu pensamento mais a ela servia.
Atormentado, resolvi indagar:
“Diga, menina... o que há para se olhar?
O que te apraz no mundo assaz cruento?”
“Não sei, senhor... Não posso ver... sou cega;
mas sinto o amor de Deus que a mim se entrega
no sol... na chuva... nos beijos do vento...”.
Todos os dias, nas manhãs, eu via
velha mansarda e, cândida à janela,
uma menina, olhos azuis, tão bela
que, até com minha sisudez, sorria.
Eu meditava: “Que mistério havia
naquele olhar daquela alma singela?
Pois quanto mais eu me afastava dela
meu pensamento mais a ela servia.
Atormentado, resolvi indagar:
“Diga, menina... o que há para se olhar?
O que te apraz no mundo assaz cruento?”
“Não sei, senhor... Não posso ver... sou cega;
mas sinto o amor de Deus que a mim se entrega
no sol... na chuva... nos beijos do vento...”.
Maravilha de soneto, deixa uma lição para se ficar pensando depois da leitura. Parabéns, poeta!
ResponderExcluirO soneto que acabo de ler mostra a excelência da Poesia de Maurício.Um primor na forma( decassilábico com algumas rimas ricas) e muito significativo.Parabéns,dileto poeta.
ResponderExcluirProfundo e cheio de emoção!
ResponderExcluirLindo,lindo!
Parabéns, poeta, pelo belo soneto!