terça-feira, 21 de julho de 2009

SONOLÊNCIA

Por um momento
a solidão
se deteriora
pela troca de soslaios.

Aos poucos
os olhares se confessam
as mãos se encontram
e os lábios se entregam
como loucos.

Os corpos
sequiosos e urgentes
aderentes
abandonam o invólucro
do pudor.

No leito
- catre virginal –
entre o cetim e a renda
os corpos úmidos
intumescidos
se preparam para a oferenda...

...no instante em que o sol
- delator –
acorda, no criado-mudo
o meu despertador...
desperta
a
dor.

Um comentário:

  1. Vim ao blog do Maurício
    e me encantei com o que vi.
    Temo até que vire vício
    e eu não saia mais daqui.

    João Costa - Saquarema

    PARABÉNS, AMIGO PELO BLOG!

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