quinta-feira, 23 de julho de 2009

CASA DE ROÇA


Bate pilão
da reminiscência...

Ontem
na casa de pau-a-pique
pelas rendas das paredes
de argila
o sol mandava os seus raios
dizimarem pesadelos.

A brisa
vinha compor melodias
e arrefecer o calor.

Os orifícios
da casa de pau-a-pique
tinham remendos de estrelas
que a noite cerzia
enquanto mamãe cantava
canções de ninar.

Hoje
(prosperidade?)
debruço-me na janela
do arranha-céu
espiando a noturnidade
poluída...
Não consigo dormir.

Onde está o meu lençol de estrelas?


(Poema premiado no IV Concurso Literário “Cidade de Maringá”)

2 comentários:

  1. ONTEM DIA 25 DE JULHO COMEMORAMOS O DIA DO ESCRITOR, DESDE JÁ QUERO ENALTECER SEU TRABALHO POÉTICO, POIS O BRILHO DE SUAS ESCRITAS EMANAM O SEU DOM POÉTICO...

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  2. Maurício! Você me fez voltar no tempo, de quando eu via estrelas! Era poesia, ao vivo a 2.000.000.000 de Megagigas por segundo, e eu não sabia!

    Abraço!

    Sérgio Ferreira da Silva

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