terça-feira, 21 de julho de 2009

ASFIXIA

Asfixia-me
a impunidade ininterrupta
aos predadores da Amazônia:
cancros da biodiversidade,
com insônia

Asfixia-me
a degradação da fauna e flora...
Espécie extinta
ex-tinta
na tela acinzentando da Amazônia.

Asfixia-me
a invasão alienígena
que vocabulariza
e escraviza
a alma indígena.

Asfixia-me
a hipocrisia condenatória
à incúria brasílica.
Arrombem o passado,
autores de seus desertos!

Asfixia-me
o planger do uirapuru
antecipando a última sinfonia...
Rio Amazonas
agonia.

Asfixia-me...
Asfixia...
Asfixi...
Asfi...
As...

Um comentário:

  1. Olá Maurício vim fazer uma visitinha
    e conhecer um pouco mais do seu trabalho.
    Parabéns pelas poesias e contos, sáo lindos e seu blog ficou show de bola! Abraços.

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