domingo, 14 de setembro de 2014


OLHOS DE MENINO

 
Quando criança
escavava os olhos de meu pai
e encontrava sonhos perdidos
indecifráveis para a minha idade
 
O risco pela afronta
era iminente
às vezes a descompostura
escapava da fivela

noutras
o cinto tatuava enfurecido.

O sinto muito nunca veio
o sinto muito nunca foi.

 
Maurício Cavalheiro – 05/09/2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário