terça-feira, 16 de setembro de 2014

ALINHAVO


Cerzir o amor
horas a fio
no desafio
de tê-lo inteiro
é um labor
nem sempre astuto
do costureiro.

O amor puído
é um tecido
embolorado,
cheio de traça...
quando rasgado
não há remendo
que o satisfaça.

O amor-real
não tem costura
por ser tecido
sem impostura
sem malandragem.


Mas onde encontrar a tecelagem?


Maurício Cavalheiro

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