sexta-feira, 26 de setembro de 2014

matizes

ANDANÇAS


Eu sou feito do pó
das estradas
que percorro,
por onde deixo rastros
e odores.

Eu ouço sons diversos
que plagio
em  poemas,
usando as escalas
das flores.

Eu colho, co’as retinas,
as neblinas
e auroras,
e deixo, fatalmente,
digitais.

Eu sinto os sabores
dos minutos
pressurosos...
(quem dera eles fossem
perenais).

Eu encho o coração
co’esperanças
lenitivas...
o tempo será sempre
aleatório.

Eu sigo as alternâncias
das distâncias
e sentidos:
a vida é um contrato
rescisório.

Maurício Cavalheiro -  09/06/2013 

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